Nova York e a revolução do lixo: Referência em gestão de resíduos
- Gaia
- há 2 dias
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Se você acha que Nova York é só glamour, Broadway e hot dogs, prepare-se para conhecer o lado "verde" da cidade que nunca dorme. A metrópole está implementando políticas de gestão de resíduos que estão dando o que falar — e que podem servir de inspiração para outras cidades ao redor do mundo.
Caso não haja mudança na gestão de resíduos, ela está projetada para crescer até 80% de 2020 a 2050, passando de 2,1 bilhões de toneladas ao ano para 3,8 bilhões. As atualizações nas normas novaiorquinas mostra o início da mudança e um raio de esperança para que possamos escrever uma história diferente para o futuro.

🌱 Compostagem Obrigatória virou lei
Desde abril de 2025, Nova York tornou obrigatória a separação de resíduos orgânicos em todos os cinco distritos. Isso significa que restos de comida, folhas e outros materiais biodegradáveis devem ser separados do lixo comum.
Aqueles que não cumprem a regra podem enfrentar multas que variam de US$ 25 a US$ 300, dependendo do tamanho do imóvel e da reincidência. Nos primeiros dez dias da nova lei, a cidade emitiu quase 2.500 multas para propriedades que não cumpriram as regras, resultando na coleta de 2,5 milhões de libras de materiais compostáveis — um aumento de 240% em relação ao ano anterior.
🗑️ Contêineres com Tampas minimizam o plástico
Para combater o problema crônico de lixo nas ruas e a infestação de ratos, Nova York implementou uma política de "conteinerização" dos resíduos. Desde novembro de 2024, residências com até nove unidades devem colocar o lixo em contêineres de até 55 galões com tampas seguras.
Essa medida já mostrou resultados positivos: os avistamentos de ratos diminuíram em 12 dos 13 meses desde o início da iniciativa, com uma redução total de 6,3% e quase 14% nas chamadas Zonas de Mitigação de Ratos da cidade.
Para facilitar a vida dos cidadãos, Nova York distribuiu lixeiras marrons e laranja, algumas equipadas com tecnologia Bluetooth, permitindo que os moradores descartem seus resíduos orgânicos a qualquer hora.
Além disso, a cidade está transformando parte desses resíduos em biogás. Em uma estação de reciclagem, o conteúdo das lixeiras orgânicas é processado e convertido em um líquido homogêneo, que, após fermentação, gera biometano.
♻️ Política Estadual de Resíduos Sólidos é o futuro
O estado de Nova York também está fazendo sua parte. O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos estabelece prioridades como redução na geração de resíduos, reutilização, reciclagem e compostagem. Além disso, propõe restrições ao uso de produtos descartáveis e incentiva a responsabilidade estendida dos produtores.
Nova York também está de olho nas embalagens. Um projeto de lei propõe a redução de 30% no uso de embalagens plásticas, exigindo que as empresas desenvolvam planos para diminuir e reciclar seus materiais. A estimativa é de uma economia de US$ 1,3 bilhão nos próximos dez anos.
E o Brasil com isso?
Enquanto Nova York avança, o Brasil ainda engatinha na gestão de resíduos. Apenas 4% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados por meio da coleta seletiva municipal.
Mas há esperança! Podemos nos inspirar nas iniciativas nova-iorquinas e adaptar soluções para nossa realidade. Afinal, se até os ratos de Nova York estão perdendo espaço, por que não podemos fazer o mesmo com nossos desafios?
A Gaia Certificadora Ambiental conta com uma certificação exclusiva que atesta a destinação correta de resíduos sólidos, sejam orgânicos ou recicláveis. É o selo verde Zero Resíduo, que dá mais confiabilidade para o negócio e mostra ao público o compromisso com a sustentabilidade.
🌍 O Que Podemos Aprender com Nova York?
Nova York está mostrando que é possível implementar políticas eficazes de gestão de resíduos em uma das cidades mais populosas do mundo. A combinação de compostagem obrigatória, uso de contêineres adequados e políticas estaduais robustas está transformando a maneira como a cidade lida com o lixo.
E você, já separou seu lixo hoje? Lembre-se: cada pequena ação conta. Se a Big Apple consegue, por que não outras cidades? Talvez seja hora de repensarmos nossas práticas e adotarmos medidas mais sustentáveis no nosso dia a dia.
Referências:
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